quinta-feira, 3 de abril de 2008

Sollar

Poderia começar sem qualquer palavra.
Um salão...Alvo, sereno,
Cortinas de renda branca.
Raios do entardecer reatando seu ofuscado Destino.
O som deste interminável agora repolsando esta expressão de crença, infância e... Solidão.
A repetição deste acalanto,
Inúmeras manifestações da Nostalgia em alguns acordes.
Sem culpa, sem adornos, sem alcance.
Então, esse arrebatamento quase sem Dor (A.A),
Porque esta insiste em vir só, e com entusiasmo vigor.
Ah...Este sim...Ele pulsa, ele desespera em um ato falho de Ardor e...
(...)Cativando a Pureza que se encontra em pouco mais de 9 vidas ...de 12 meses...
A sua partitura de vida estilhaçada na minha...
Ela sabia.
(...) Mas eu te guardava de longe, com a porta entreaberta,
E uma agonia nos olhos por causa dos raios que persistiam por me boicotar...
Ainda sim, só e calada, te olhava.
E você esta só.
E seus olhos eram como um universo em sua versão caótica enigmatizada pelo vácuo, que esconde um todo de Rigor, Amor, Misericórdia, de infância e paternidade.
Então...
Eu poderia, por assim dizer, horas permanecer ali... naquele chão gélido... que se instalava sob minhas coxas...
Anestesiada então...olhando..olhando...
Eu poderia.
E creio que nunca anoiteceria.
E quando as primeiras lágrimas refrescassem sua face rígida,
Eu não sei se poderia fazer algo...
Apenas baixar a minha...
E ouvir o som de suas Asas.

22/10/07 18:00h


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